sábado, 7 de novembro de 2009

Capítulo I - Piloto - Parte II

Black Cherry tomou o caminho mais longo, fazendo voltas a fim de cansar Pink Manzana que mantinha firme a sua bagagem. Depois de chegar ao prédio e notar que por ele haviam passado Pink Manzana suspirou.

- É Páola, esqueça os seus exercícios de fim de tarde. Você exercitou-se todo o possível. – PM.

- É este o seu nome, Páola? – BC.

- Sim, Páola Mendes. Por um momento imaginei que vossa mercê me deixaria desamparada. Não é algo para preocupar-se, mas o seu namorado é simpático e atencioso.

- Caso refira-se ao Pato, eu não o namoro.

- Vossa mercê queira desculpar-me, então. Imaginei que sim por ele parecer gostar muito de ti.

- Eu sei.

- A vossa mercê respeita e se importa com a opinião dele, por isso minha pessoa está aqui agora.

Black Cherry parou no meio da escada sorrindo falsamente a ela.

- Então não me faça tomar arrependimento. – BC.

- Como vossa mercê preferir, não falarei sobe namorados. Há algum problema com o elevador? – PM.

- Quebrado.

- E para qual andar vamos?

- Não está longe.

Ao chegarem ao quinto andar os vizinhos de Black Cherry a denunciaram ao embarcar no elevador e Pink Manzana parou de segui-la.

- Está definitivamente claro agora. – PM.

- Sim, desde que trocaram as lâmpadas. – BC.

- Sendo lâmpada o nome de vossa mercê... Vossa mercê simplesmente não deseja-me aqui.

- Bom ter descoberto, ainda que tarde.

- Descerei aqui. O que é bom uma vez que não subi mais.

- Você que sabe. Não há mais para onde subir mesmo...

Black Cherry olhava-a desafiadora e Pink Manzana virou-se, com a mala grande demais para um corredor tão estreito. Então Black Cherry calculou que a tendo ou não em sua casa ela lhe daria igual trabalho. Certamente Pink Manzana seria abordada na rua.

*Os pássaros detonarão essa horta. *BC.

-Espere! – BC.

Pink Manzana parou e virou meio corpo para ela.

- Vossa mercê não carece preocupar-se comigo. – PM.

- Pode ficar, por essa noite, se quiser. – BC.

- Certamente a rua, à noite será mais segura que uma residência hostil.

- Com assaltos, saques... Se tiver sorte.

- O que poderiam me roubar?

- Dependentes, estupradores...

- Ainda assim.

- Assassinos. Cruéis o bastante para matar aos poucos ou impiedosos que não lhe darão tempo para... Nada.

- Não e uma cidade tão perigosa.

- Eu moro aqui, não você. Este é o pior bairro.

- Por que não mudou-se?

- O preço, é o mais barato que eu pude encontrar.

*E ainda assim não consegue pagar. * PM.

- Diga logo se ficará ou não. Tenho que alimentar Prix. – BC.

- Prêmio! Prêmio é o seu animalzinho de estimação? É um lindo nome! Que animal é? Ele deve ser muito fofo... – PM.

- Prix não é fofo.

Black Cherry cruzou os braço passando a se arrepender do segundo convite e Pink Manzana retornou, sorrindo.

- Todos são fofos, até vossa mercê. Querendo ou não. – PM.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Capítulo I - Piloto - Parte I

Podia dizer-se distraída uma vez que apenas sorria para os prédios, debaixo do seu chapéu. Levava uma bolsa, funda e de palha, com algumas rosas – rosa – que espiavam pela abertura e na outra mão uma grande mala branca e rosa – choque.
Parou um instante ao passar pela praça e deixou uma das flores no banco. Saiu da praça sem ver o que aconteceria à rosa e repetiu o mesmo no telefone público, restando apenas duas flores das oito que deixou onde passou.
Após sair do supermercado usando sua bolsa, invés das sacolas poluentes, seguiu para a banca de revistas. Viu uma mulher comprando alguns jornais e comprou o seu, de classificados, para as suas preocupações: emprego e moradia.
- Boa tarde. Por gentileza a senhorita pode me informar um lugar aceitável para se ficar? – Pink Manzana.
Black Cherry observou-a antes de responder com um suspiro.
- Ficar? Fique em qualquer lugar. – BC.
Ela começou a subir as escadaria, mas foi seguida.
- Por gentileza... Acabo de chegar à cidade. Vossa mercê parece conhecer bem a cidade. – PM.
Black Cherry foi mais ágil, subindo correndo o primeiro lance, mas no inicio do segundo era alcançada.
- A vossa graça poderia dizer-me ao menos que desconhece, mas agora creio que mentiria. – PM.
- A vossa mercê acertou. – BC.
Após as resposta Black Cherry correu para o topo, chegando na rua de cima, acompanhada perfeitamente pela outra mulher que ainda levava bagagem.
- Por gentileza, sei que não desconhece. Não gostaria de passar a noite na rua, é assustador. – PM.
- Alguém sempre olha pelos desamparados nas ruas. – BC.
- Não, não é a rua o que me assusta, e sim a noite.
Black Cherry parou examinando-a cuidadosa. Depois voltou a caminhar passando em frente ao bar da esquina...
- Beatrice! – Pato.
...e se viu obrigada a parar novamente. Virou-se para o rapaz que saia à calçada.
- Boa tarde, Pato. – BC.
- Como tem passado? – Pato.
- Muito bem.
- Tem estado sumida da boate... Sabe que Prix tem tanto passe livre quanto você, não é?
- Sei. Mas não tenho tido muito tempo ultimamente.
- Sua amiga?
- Nem.
- Boa tarde, senhor... – PM.
- Fernando. – Pato.
- O senhor Fernando pode informar-me um local onde minha pessoa possa hospedar-se? A senhorita Beatrice não conhece. – PM.
- Você não disse que tinha dificuldades em pagar o aluguel? Pensava em alugar outro lugar ou procurar um emprego, o que seria difícil com os seus estudos... Por que não dividem o apartamento?
- Ela é alérgica a animais. – BC.
- Apenas frutos do mar. – PM.
- Ela vai me distrair dos estudos.
- Sou formada em letras.
- Sou muito desorganizada.
- Eu organizo enquanto vossa pessoa estuda. Por favor, acabo de chegar à cidade.
- Por que não dá a ela um período de experiência? – Pato.
- Logo será noite, eu imploro que me deixe ficar.
- A grana está curta pra todo mundo e eu ofereceria o meu apartamento se ele já não estivesse sendo repartido.
- Apenas por esta noite. – BC.
Pink Manzana saltou no pescoço de Black Cherry sem soltar mala ou a bolsa, o que quase derrubou a ambas.
- Minha pessoa está muito agradecida e juro que não se arrependerá.
*Não está funcionando. *BC.
- Apenas por essa noite. – BC.
- Lhe ajudarei muito esta noite. Sentir-se-á uma princesa. – PM.
*Comece calando-se. *BC.
- Nos vemos outra hora, Pato. – BC.
- Tchau. – Pato.