sábado, 27 de novembro de 2010

Noctifobia

- Pode me dizer, mais uma vez, como tudo aconteceu? – Cruzeiro do Sul.
- Meus persona tenere directus... – PM.[1]
- Pro favor.[2]
Ela levantou os olhos, surpresa, e sorriu largamente ainda que estivesse muito cansada.
- Vostrum mercês fabulare latine![3] – PM.
- A senhorita está desviando-se do assunto. – Cruzeiro do Sul.
- Perdonare meus persona.[4]
Em seguida ela continuou narrando o que a havia levado até o hospital. Já havia perdido as contas de quantas vezes havia falado no homem, na mulher, como o havia afastado e como chamou a ambulância.
Um homem apareceu à porta e fez um sinal a Cruzeiro do Sul, que interrompeu a mulher.
- Parece que tomei muito de seu tempo. – Cruzeiro do Sul.
- Certamente necessário a vossa mercê.
- Exato. Bem, terminamos por hoje. Pode ir agora.
- A mulher Morgana ficará bem?
- Ficará sim.
- As pessoas familiares foram avisadas, correto?
- Sim, claro. Já estão a caminho. Você está liberada, mas, por favor, não se afaste da cidade.
Pink Manzana desceu e chegava à recepção do hospital quando Pato e André entraram.
- Fala sério... – André.
- Eu só espero que ela esteja bem. Independente de Beatrice ou não. – Pato.
- Sim, mas onde está Beatrice a essa hora da noite?
- Ali, Páola!
Caminharam apressados até a jovem que sorriu sob a luz pálida da sala.
- Tudo bem com você? – Pato.
- Sim, sim. Minha pessoa precisa apenas de descanso. – PM.
- Se está bem, por que está aqui?
- A mulher vítima foi atacada por um homem criminoso.
- Não diga que bateu tanto nele que ele está internado! – André.
Pink Manzana olhou-o preocupada.
- Não, minha pessoa nunca feriria tanto assim alguém! A mulher vítima foi muito ferida pelo homem criminoso. Minha pessoa tentou impedi-lo de escapar, e queria ferir-me também! Porém, quando o homem criminoso escapou e minha pessoa julgou que melhor seria ficar com a mulher vítima a persegui-lo. – PM.
André e Pato entreolharam-se.
- Tudo bem, vamos para o nosso apartamento. – Pato.
- Ora, mas por que não o de Beatrice? Se ela não pode vir ainda assim posso ir ao apartamento dela... – PM.
- Vamos indo. O táxi está a nossa espera. - Pato.

[1] Eu ter/tenho direitos...
[2] Por favor.
[3] Você falar/fala latim!
[4] Perdoar/perdoe meu/minha pessoa.