terça-feira, 9 de março de 2010

Capítulo II Compras - Parte I

Pink Manzana passou a manhã sozinha com Prix. Quis ir à suposta faculdade com Beatrice, porém ela dissera ser semana de provas e não poderia mostrar o local.
- Macaco Prix e minha pessoa podem cozinhar, então? Para o retorno de vossa mercê? – PM.
- Como se houvesse muito o que cozinhar... Vá a um restaurante, há um aqui perto. Darei comida ao Prix quando eu voltar. – Beatrice.
- Restaurante... Minha pessoa não gosta de alimentar-se me locais estranhos e Macaco Prix não pode acompanhar-me em um restaurante.
Beatrice suspirou com a hospede tão caprichosa.
- Então cozinhe. – BC.
- Tem-se que fazer compras, e minha pessoa está sem dinheiro. – PM.
- Dez reais devem bastar. Está aqui.
- Agradecida!
Beatrice colocou a bolsa no ombro e pegou seu fichário, saindo, e Pink Manzana trancou a porta.
A hóspede dividiu uma maçã com Prix e foi aprontar-se para sair. Antes, porém, que fossem ao supermercado partiu em busca de roupas para lavar.
- Beatrice parece desgostar de sua maquina de lavar. Quantas peças de roupas sujas! – PM.
Foi assim que as peças escuras caíram em suas mãos e descobriu o capuz entre elas, por Prix, que entrou nele.
- Uma fantasia de destas... Na verdade, ela é muito diferente das outras pessoas... – PM.
Com as roupas dobradas nos braços e Prix sobre elas, Pink Manzana levou-as para a área de serviço e verificou o vazio de cada bolso.
- Não é Prix? Tem pessoas vizinha, mas não pessoas amigas, pessoas colegas... E Beatrice não falou de seu pai. Será que sua pessoa está bem? – PM.
Ela trocou os brincos perolados por um par em pêndulos com esferas ocas de fendas douradas. Colocou sua saia e seus tamancos brancos – tinha pouca altura – e uma blusa rosa, de mangas.
Pegou sua bolsa e sentou-se à mesa apontando o espaço a sua frente.
- Macaco Prix, minha pessoa precisa discutir com vossa mercê. – PM.
O animal sentou-se no espaço indicado.
- Se sairmos agora teremos o momento de retornar, e este momento será quando terminarmos o que iremos fazer. – PM.
O olhar de Pink Manzana procurava por compreensão no macaco, que a observava com interesse.
- Vamos comportar-nos, e procurar não provocar transtornos. Vossa mercê não poderá tocar nada e minha pessoa não deixará vossa mercê se ausentar de meu ombro. – PM.
A atenção de Prix parecia dispersar e Pink Manzana abriu sua bolsa retirando dali uma corda de varal e o animal voltou-se para ela em atenção.
- Já aprontastes comigo, macaco Prix, escapando à noite e quase matando-me de medo. Se escapar novamente hoje, na saída às compras, mantê-lo-ei preso todo o tempo em que estiver comigo. – PM.
Como que arrependida Pink Manzana dirigiu a ele um olhar doce, quase maternal.
- Se escapa de mim parece não me querer, e preciso cuidar de ti quando Beatrice não estiver. Não posso perdê-lo e não sou ameaça a vossa mercê ou à Beatrice, mas se for o único modo de controlá-lo assim será. Vossa mercê me compreendeu?