terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Capítulo I - Piloto - Parte VI

Pato sorriu do modo de Pink Manzana falar e a deixou dormir em seu quarto. O sofá já estava pronto, mas ainda não tinha sono. Estava na cozinha deixando um recado na secretária eletrônica de Black Cherry e não viu André chegar se não quando o amigo contava de suas aventuras da noite à silhueta na cama.

André foi tirado de lá por um puxão no braço e Pink Manzana se quer deu sinais de que acordava.

- Pronto! Então quem está no seu quarto? Não diga que é uma garota... – André.

- Fala baixo. Deixe-a descansar. – Pato.

- Deixo. Claro que deixo! Se me disser por que ela está tão cansada. Diga detalhes do que aconteceu entre Beatrice e você.

- Que Beatrice... É Páola, e o que aconteceu foi grave, de certo modo.

- Páola, claro... E quem é Páola, e o que aconteceu assim de tão grave?

- Chegou à cidade hoje e ia passar a noite no apartamento de Beatrice.

- Então o que ela faz aqui? Por acaso pensa alto demais para a garota estudiosa?

- Pára de piada! Mas resumindo, Páola tem fobia noturna e saiu atrás de Prix.

- Fobia noturna! E Prix está aqui ou com Beatrice?

- Ele está por aí, acho, ainda. Mas ele vai acabar voltando.

- É muito estranho. Macaco, fobia noturna, garota estudiosa...

- Estranho, mas não vou contar mais nada hoje. Estou cansando.

- Cansado de que, não fez nada de mais... E amanhã é domingo.

- Exatamente. Tenha uma boa noite, e fique longe do meu quarto.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Capítulo I - Piloto - Parte V

Alcançou-o a tempo de o ver sair pela janela e debruçou-se no peitoril preocupada, mas não viu Black Cherry na sombra sob a escada.

- Prix! Prix, espere! Volte aqui! Prometi cuidar de vossa mercê! Beatrice vai matar a minha pessoa... – PM.

Pink Manzana hesitou olhando para o interior do apartamento e começou a descer pela escada de incêndio pisando com força e parou no quarto andar.

Parada a sua visão era embaçada e escura, quase sem ver os pontos luminosos dos postes. Tão ausente de si estava que não viu a janela à esquerda abrir-se.

- Ei. Ei! – Pato.

Ela virou-se devagar com os dedos cravados no corrimão metálico.

- O que faz aí? – Pato.

- Eu... Eu... – PM.

- Você está bem?

- Rápido demais.

- O quê?

Pato não conseguia entender e Pink Manzana olhou ao redor como se pudesse enxergar algo além do rosto desfocado de Pato.

- Desci... Rápido demais e... E eu preciso de... Ajuda. – PM.

Pato saiu preocupado pela janela.

- Você tem fobia? – Pato.

- Sim, mas... Prometi cuidar do macaco Prix, e macaco Prix fugiu pela janela... A porta está trancada... Beatrice não vai... – PM.

- Com calma, venha. Vamos entrar.

Ainda que ela relutasse a se por em movimento Pato conseguiu que ela o acompanhasse e entraram no quarto.

- Suas mãos estão frias. – Pato.

Ela bebeu alguns goles de água e logo respirava melhor.

- Obrigada. – PM.

- Não foi nada. Mas você não devia ter ido lá fora se tem fobia de altura. – Pato.

- Não tenho problemas com altura, apenas com a noite. – PM.

- Você tem medo do escuro?

- Um pouco. O problema, mesmo, é a noite.

- Então por que saiu à noite?

- Tentei alcançar o macaco Prix.

- Beatrice cuidará disso. Prix conhece bem a área, mas ela o encontrará rapidamente.

- Mesmo?

- Sim. Agora vamos subir, por dentro do prédio.

- A porta está trancada.

- Sem problema. Eu subo por fora, entro pela janela e volto com a chave.

Pink Manzana deu de ombros, conformada.

- Beatrice levou a chave. – PM.

- Em um caso de incêndio isso seria um perigo... Bem, então eu gostarei de tê-la como companhia esta noite. Você descansa, amanhã resolvemos as coisas e tudo ficará bem. – Pato.

- Uma vez mais eu tenho apenas o que agradecer a vossa mercê.